Arte & Vidro

Através desse olhar atento, a artista plástica Regina Medeiros busca a inspiração para o seu trabalho diário: a transformação do vidro em objetos de arte.

De vários tamanhos, cores e design exclusivos, as peças criadas pela artista destacam-se na decoração de interiores, unindo beleza, sofisticação e bom gosto.

Maleável, nas mãos de Regina Medeiros, o vidro ganha formas. O prazer da criação vem do fascínio e da beleza do vidro, um rico material de infinitas possibilidades. Por meio da policromia, a artista também dá vida a essa matéria-prima translúcida, límpida e luminosa.  

O início

Foi em 1988 que a paulistana Regina Medeiros veio morar em Belo Horizonte e iniciou a sua maior expressão na arte, através do vidro. Formada em Desenho e Plástica na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP, São Paulo, e em Educação Artística na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, a primeira afinidade da artista foi com a cerâmica. “Na cerâmica há o processo de vitrificação. Mas nessa etapa, tanto a cerâmica quanto o vidro perdem o que eles têm de melhor. A cerâmica perde sua força, e o vidro, a transparência. Então, sempre tive a vontade de desvincular esses materiais”, explica a artista. Desde então, Regina Medeiros começou a modelar o vidro, mas sem deixar de lado a cerâmica, que ganhou nova função, passando a servir como molde das peças em vidro.

Com o tempo, veio o reconhecimento da artista e em 1998 o seu ateliê foi ampliado, transformando-se em uma indústria de pequeno porte batizada com o nome Keramos. A palavra cerâmica, que deriva do grego keramos, significa “coisa queimada” e, hoje, se refere aos produtos não-metálicos endurecidos pelo fogo.

 “Conseguimos unir um trabalho artesanal com o design produzindo em escala maior sem perder qualidade”, ressalta Luciana Medeiros, filha e sócia da artista desde a criação da Keramos.

O diferencial das peças

Os generosos tamanhos das obras criadas por Regina Medeiros são um dos diferenciais da artista. Mas o grande trunfo de Regina Medeiros é a utilização de metais provenientes do solo rico de Minas Gerais, o que resulta em uma alquimia dos minerais com óxidos, e consequentemente, infinitas possibilidades de texturas e cores aplicadas ao vidro. Há cerca de 20 anos, Regina Medeiros foi pioneira, no Brasil, dessa fusão de materiais no vidro, que, antes, era feita apenas na cerâmica. Um paciente trabalho de pesquisa.

Conheça abaixo as peças em destaque da artista e também algumas das principais exposições que contaram com sua participação.

Principais exposições

2008 - II Bienal Brasileira de Design – Museu Nacional, Brasília (DF)
2007 - Diálogos de Percurso – Casa dos Contos, Ouro Preto (MG)
2005 - Identidade e Diversidade no Design Brasileiro – São Francisco (EUA)
2000 - 500 Anos Design  - Pinacoteca do Estado de São Paulo/Parque da Luz, São Paulo (SP)
2000 - Arte da Reciclagem – Petrobrás – Rio de  Janeiro (RJ)
1999 - Individual - Galeria  Personnalité Itaú, São Paulo (SP)
1998  - 3º Brahama Reciclarte, Curitiba, Paraná
1997  - Industrie Forum Design Hannover, Hannover, Alemanha
  - Brasil Design, Hannover Fair'97, Hannover, Alemanha
1996 -  1º BRAHMA RECICLARTE, Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ)     
 

-  Projeto Tendências "O que é Arte, o que é Design?", Morumbi Shopping (SP)

  -  5ª Mostra de Decoração Artefacto, São Paulo (SP)
1995  

- 9º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, São Paulo (SP)

 

 

“Sempre observo alguma possibilidade de criação por onde ando”.

 
Peças em destaque
 
Fruteira Cacos
Peça feita com vidro reciclado de uma garrafa de vinho alemão. Em 1996, foi selecionada para o Museu da Casa Brasileira e esteve na exposição 500 Anos Brasil Design, em Hannover, Alemanha. Tamanho 60 cm .É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.  
 
Folha de Bananeira
Tamanho 36 cm X 1,20 cm, . Peça selecionada, em 2008, para a 2ª Bienal Brasileira de Design, em Brasília. É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.
 
Quiabo
Tamanho 21 cm X1,48 cm . Peça selecionada, em 2008, para a 2ª Bienal Brasileira de Design, em Brasília.É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.
 
 
pixer